Após longos meses de espera, os concurseiros tiveram a oportunidade de concluírem mais uma etapa em busca do cargo público. As provas do concurso de Alto Longá-Pi, foram realizadas nos dias 26 e 27 de outubro.
A longa espera, foi decorrente de uma suspenção do concurso pelo TCE-PI, que foi solucionada e o concurso foi retomado, porém com vários erros em sua execução.
Logo após a realização das provas, começaram as desilusões. Ainda nos locais de provas os candidatos relataram sobre a falta de organização e segurança do concurso, visto que, a banca não tinha detectores de metal.
Ao adentrar nas salas de aplicação, outra frustração, nos envelopes de provas dezenas de candidatos estavam sem provas, simplesmente porque a prova não estava no envelope e os candidatos tiveram que esperar a impressão de novas provas, enquanto os demais candidatos já haviam iniciado a resolução das provas, além de que em alguns casos as provas estavam com outro cargo divergente do cargo que o candidato havia feito a inscrição.
Além disso, candidatos relataram que alguns candidatos após o termino das provas ainda tiveram acesso ao banheiro, visto que não havia fiscais suficientes e nem detectores de metais.
E não para por ai....
Para surpresa dos candidatos as provas continham as mesmas questões de conhecimentos locais, língua portuguesa, informática e legislação do SUS.
Considerando que houve aplicação de prova no sábado e domingo, dias 26 e 27, respectivamente, houve ampla divulgação das provas que foram aplicadas no sábado, estas que continham as várias questões que também estavam presentes nas provas que foram aplicadas no domingo (27).
O que a banca disse com relação as questões repetidas?
Em tentativas de contato, via e-mail e whatsapp a banca decidiu ignorar todas as tentativas de questionamentos sobre o ocorrido e não respondeu a nenhuma mensagem sobre o fato.
E sobre a prova em si, tiveram questões que cabiam recurso?
Outro problema grave foi com relação aos erros que continham em algumas questões, erros de enunciado, erros de digitação, erros relacionados a alternativas adicionais na prova que continham mais alternativas do que no cartão resposta e questões que claramente deveriam ser anuladas por erro de conteúdo.
E o que houve com os recursos?
Dezenas de candidatos encaminharam à banca, solicitação de recurso contra o gabarito preliminar, e que foram quase 100% IGNORADOS pela banca. A empresa simplesmente ignorou a etapa de divulgação do julgamento dos recursos e publicou (COM MUITO ATRASO) o gabarito definitivo, deixando os candidatos perplexos com tamanha irresponsabilidade.
Conforme imagem abaixo, referente ao cronograma do concurso, é evidente que a banca pulou uma etapa de divulgação. O Resultado dos Recursos interpostos contra o gabarito preliminar da Prova Objetiva seria divulgado no dia 08/11, o que não aconteceu. A banca divulgou somente o gabarito definitivo, sem nenhuma justificativa sobre o motivo da não divulgação do resultado do julgamento dos recursos.
A banca mais uma vez decidiu ignorar os e-mails e mensagens de WhatsApp referentes a não divulgação do resultado do julgamento dos recursos. Foram enviadas diversas mensagens para as redes sociais da prefeitura e do prefeito municipal, que também foram ignoradas. E o prefeito que tanto divulgou o concurso antes de sua realização não fez sequer um comentário após a aplicação das provas..
Divulgação do Resultado Preliminar:
Observe abaixo o item do edital que não permite duas inscrições:
Os concurseiros, estudantes que se dedicam intensamente à preparação para concursos públicos, enfrentam uma jornada repleta de desafios. A competição é acirrada, a carga de estudo é pesada e, muitas vezes, as expectativas são frustradas por fraudes e irregularidades nos processos seletivos. A busca por estabilidade e um emprego público, visto como uma das formas de ascensão social, é um objetivo legítimo, mas o caminho até a aprovação é permeado por dificuldades, como a necessidade de estudar por longas horas, o alto nível de exigência das provas e, infelizmente, o risco de fraudes que podem comprometer a confiança no sistema.
A Constituição Federal, em seu artigo 37, caput, garante que "a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência", destacando que a seleção para cargos públicos deve ser feita por meio de concursos públicos, assegurando igualdade de condições a todos os candidatos. No entanto, as fraudes, como vazamento de questões ou favorecimento indevido, prejudicam a integridade do processo e violam os direitos dos candidatos honestos, tornando-se um obstáculo ainda maior para aqueles que buscam um futuro estável.
A luta contra essas fraudes é constante e exige fiscalização rigorosa. As vítimas de tais práticas, além de enfrentar a frustração do próprio processo seletivo, precisam ainda enfrentar a dificuldade de um sistema que, por vezes, falha em garantir a transparência e a justiça no acesso aos cargos públicos.
Concurseiro Raiz
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